Originalmente postado em: http://www.blogsemtitulo.wordpress.com/, mas o Kiki pediu pra postar aqui também.
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Provas são, em palavras chulas, um cu.
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Provas são, em palavras chulas, um cu.
Semana de provas se aproximando, e eu não tenho a mínima vontade de estudar.
É incrível como quando você precisa estudar, coisas pelas quais você raramente se interessa de repente parecem tão meigas, adoráveis e divertidas. E chega até a ser irônico que você descobre aquele jogo viciante ou aquele mangá legal justamente na semana em que você precisa se concentrar para tirar notas aceitáveis. E minha mãe disse que realmente preciso tirar notas boas, senão…
Anyway, eu acabo de perceber que não consigo entender porra nenhuma dos livros da Clarice Lispector, e que jogar Tetris é muito mais divertido do que ler o livro de português. Então eu vim aqui falar merdas aleatórias que não tem nada a ver com o que eu deveria estar fazendo nesse exato momento só porque estou sem vontade alguma de estudar.
Oh well. Outro dia eu vi uma menina de no máximo uns 12 anos comprando Elfen Lied na banca. Eu até entendo, a capa sendo rosa e kawaii e tals. Peguei o mangá pra ver de perto. “Recomendado para maiores de 16 anos”. E Blood+ e High School of the Dead eram, tipo, 18 anos.
Como eu já tive doze anos um dia, e sabendo que essa é a “fase-de-comprar-qualquer-coisa-que-é-rosa-e-fofa”, fiquei imaginando o que aconteceria com a mente da pobre garota ao tirar o saquinho plástico do mangá e perceber que não é sobre pôneis mágicos e arco-íris ou algum tipo de romance fófis. Assim, eu resolvi fazer a minha boa ação do mês.
- Eu: Oi :3
- Menina: O-oi? /medo
- Eu: Um… você vai… eh…comprar esse mangá?
- Menina: Uhum
- Eu: Ele é…bem… não é muito…próprio pra sua idade. É violento e tem cenas de… um… não é apropriado, ok?
- Menina: Eu sei, eu já vi o anime >:3
- Eu: Um…er…ok então.
Eu fiquei meio wtf, leitores. Uma menininha de uns 10, 11 anos que já viumotherfucking Elfen Lied. Uma pobre mente corrompida em uma idade tão jovem. Muito tenso. Então, pensei que talvez ela estivesse confundindo com algum outro anime. Mas então a criatura me contou a história do anime resumida. Horror. Oh, my, fucking, God, as crianças de hoje. Quando eu tinha a idade dela, eu via Sakura Card Captors, Sailor Moon, Dragon Ball Z, Medabots… eu não via motherfucking Elfen Lied. MALDITA INCLUSÃO DIGITAL.
Em outras palavras, muito, muito tenso. Ainda mais tenso que o menininho de cinco anos que eu vi na UZ Games uma vez, cujos pais estavam comprando GTA IV para ele.
Falando em jogos e crianças agora, eu acabei de me lembrar de um fato random da minha infância. Na época que eu tinha um Super Nintendo, com meus seis, sete anos de idade, eu tinha medo do logo da Acclaim. Sabe, aquela empresa que fazia um monte de jogos licenciados de desenhos animados random que eram tão ruins que eram horríveis? Então. Talvez eu tivesse alguma noção, e associasse o logo com jogos ruins desde pequena. Mas por alguma razão do mal, eu tinha medo do logo da Acclaim. Mas eu também tinha medo do logo da TV Manchete e de quando o Windows entrava em modo de segurança e ficava tudo em 16 cores, então eu não era exatamente uma criança normal.
Não lembro exatamente que jogos que a gente alugava de uma locadora que tinha aqui perto de casa. Alugar jogos era awesome naquela época porque se fosse ruim não tinha problema. Crianças não tem muita noção do que é um jogo bom e um jogo ruim. Se for de algum personagem que elas gostem, mesmo que o jogo seja um lixo, elas vão continuar jogando. Mesmo que o jogo seja uma merda injogável por uma pessoa normal, uma criança vai jogar. Porque é “O Jogo do Bob Esponja”, manolo. Quando eu era pequena eu jogava Barbie Explorer e ainda achava legal. Não sei como, mas achava. O QUE QUE FOI, EU TINHA NOVE ANOS, TÁ BOM? Eu pegava o maiô da escola, fazia duas trancinhas toscas e brincava de Cammy, ou brincava de samurai com o cano do aspirador de pó. Eu não era exatamente uma pessoa brilhante.
Crianças não têm senso crítico mesmo. Mas aqueles eram bons tempos. Tempos em que não nos preocupávamos em ver se os gráficos tinham 1080p ou mais de 8000p. Nós simplesmente nos divertíamos. Se bem que às vezes a coisa era tão ruim, e o jogo era tão bosta, que o cheiro de bosta grudava em você. Aí você saia na rua e era tipo “aff você andou jogando Quarteto Fantástico de PS1, não andou? Porque você tá fedendo a bosta rsrsrs”. Mas normalmente as crianças não reparam na suckitude dos jogos, não.
E isso me lembra… que naquela época mágica em que tinha uma locadora perto de casa e a mamãe dava dinheiro pra gente alugar um jogo por semana, o que a gente fazia, porque os jogos que comprávamos(Super Mario World, Super Mario All Stars e Super Mario Kart) enjoavam de vez em quando. Ah, aquela época. Comprar jogo era caro. Não era que nem hoje que a gente ia em site de torrent, baixava e queimava. Nossa internet de 50kbps e nossos Windows 98/2000/ME não faziam essas coisas. Tudo que eu fazia naquele tempo eram fansites feitos no HPG(porra, alguém lembra disso? Ainda existe, somehow.) pros animezinhos que eu via no Cartoon Network que consistiam de imagens jogadas no Word e informações copiadas de outros sites. E eu me sentia A webdesigner, é claro. Oh, wait, eu nem sabia o que “webdesign” significava.
Ah, música para os meus ouvidos~ -NN
Jogos pra PC, só naqueles CDs de 10 reais da CDExpert. Sabe, aqueles que vinha um monte de merda. As crianças de hoje em dia não sabem como era a felicidade de juntar o dinheiro que o vô dava para alugar um jogo. Mesmo que o jogo fosse ruim. Parecia menos ruim, já que tinha todo o lance da negação do fato de que você gastou seu tão adorável dinheirinho em uma merda. Então mesmo que fosse aqueles jogos toscos dos Simpsons, você jogava com um sorriso no rosto rs.
Naquela época regada a Guaraná Caçulinha, em que eu ia pra casa da minha vó, batíamos figurinha de Pokémon na calçada da rua e brincávamos de Power Rangers, ou que íamos na casa do meu primo pra jogar SNES até a fonte esquentar. Anel vermelho da morte, nada. Fontes queimadas eram nossos verdadeiros pesadelos daquele época. E depois que esquentasse a gente ia pro meu PS1. Meu PS1 era foda e tinha um decal de Final Fantasy VIII ao invés de ser cinza e sem graça. Jogos que a gente achava o máximo porque era em fucking 3D. Crash Bandicoot, Bloody Roar, Digimon World, motherfucking Monster Rancher. Monster Rancher era legal porque você criava monstros de acordo com CDs de música que você inseria no PS1. Era tudo diversão, até que riscou o CD do Metallica da minha mãe e depois eu apanhei.
Mas enfim, alugar jogos era sempre uma aventura. Que às vezes acabava mal. Até meu cérebro de pirralha reconheceu a merda contida naquele jogo do “Picachu”. Enfim, lembro até hoje que o jogo era tão ruim que meu cérebro de pirralha processou a suckitude, e assim eu não consegui ir adiante depois da segunda fase. Era um platformer bem básico, e eu lembro bem vagamente. O Pikachu pulava e tinha umas maçãs e…ah, só sei que era ruim demais. Eu me lembro mais ou menos de alguns jogos que alugávamos naquela época. Eu lembro que o Donkey Kong Country tinha que reservar, porque senão alugavam.
Eu também me lembro de jogar Link’s Awakening no meu Gameboy Color transparente(gente, tinha coisa mais feia que aquele Gameboy transparente? Pqp, era feio demais aquilo. Mas como eu tinha ganhado da minha tia, não podia reclamar. Na verdade, era do meu irmão. Mas tudo que era dos meus irmãos era tecnicamente meu. Então foda-se.
E também lembro quando eu era a única da rua que tinha um PS2 ohohoho…
Nossa, estou pulando anos e gerações mais rápido que a fuga dos camelôs quando o rapa chega na 25 de Março. Mas não importa, não importa. De vez em quando eu tenho esses momentos nostalgia mesmo…q
Por hoje é isso. Comentários são adoráveis e eu apreciaria eles.
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